sexta-feira, 21 de março de 2014

Esses Dias

Hoje acordei com um estranho peso sobre os ombros. Um peso enorme. Abria os olhos e sentia a vertigem. Cedia ao peso e fechava os olhos. Estando acordada precisava ficar de pé. Abria os olhos. A pressão sobre os ombros. A cabeça. Os pés no chão. Aquela vertigem outra vez.

Ontem fui acordada pela luz do sol. O dia. Radiante. Ontem eu tive a certeza de começar novas empreitadas. De mudar tudo outra vez. De me mudar. Cada pedaço. Tudo novo. Ontem eu tive forças. A noite chegou e eu estava no chão.

A sede do novo novo novo o tempo todo. O início outra vez. A mudança. A falta de forças. Aceito e encaro o mundo em um segundo e no próximo nem quero me levantar. O peso e a vertigem. Caio na cama outra vez. Quero abandonar tudo outra vez.

O recomeço infinito é exaustivo. Ciclo confuso. Desesperado. O descontrole. Meus desejos criam vida e se vão sozinhos. Me deixam com o peso nos ombros. Me deixam com a dor da inação.

Tenho fervilhado por dentro. Tenho procurado a saída. Tenho me machucado muito.

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